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Relatório de hemato

1-INTRODUÇÃO

Hemograma
O hemograma contempla diversas provas efetuadas, com a finalidade de avaliar quantitativa e qualitativamente os componentes celulares do sangue. Os itens avaliados incluem: hemácias, hemoglobina, hematócito, índices hematimétricos, leucócitos totais, contagem diferencial de leucócitos, plaquetas e exame microscópico de esfregaço de sangue corado.
A análise quantitativa das hemácias, leucócitos totais, plaquetas e a avaliação dos índices hematimétricos são hoje realizados por meio de equipamentos automatizados que combinam diferentes métodos de avaliação de alta tecnologia e precisão à capacidade de análise de milhões de células, permitindo resultados mais precisos.
A utilização desses equipamentos permite também a avaliação de índices hematológicos e a visualização em histogramas que demonstram a distribuição dos diferentes elementos analisados.
Essa característica possibilita a identificação de alguns parâmetros antes impossíveis de serem avaliados ou que eram analisados subjetivamente, com a visualização do esfregaço em lâmina. Entre esses parâmetros, temos o índice de anisocitose (RDW), a identificação de populações mistas de células, a anisocitose plaquetária e alertas para possíveis alterações presentes na amostra examinada. Esses alertas são específicos para alterações das séries vermelha, branca e das plaquetas, como presença de blastos, granulócitos imaturos, desvio à esquerda, atipias linfocitárias, grumos plaquetários, microcitose, hipocromia, entre outros.
Realizam ainda, por uma combinação de métodos de análise celular e coloração, a contagem diferencial de leucócitos, que serve de orientação para o citologista, chamando a atenção para situações nas quais a avaliação deve ser mais cuidadosa.
A análise qualitativa é realizada pela avaliação da lâmina corada, associada aos resultados obtidos pela avaliação eletrônica. A coloração das células diferencia em detalhes as estruturas nucleares e citoplasmáticas, permitindo a avaliação do tamanho das células, a relação núcleo/citoplasma, a forma do núcleo, a presença de nucléolos, o padrão da cromatina e a coloração do citoplasma, a presença de granulação, vacúolos e outras alterações morfológicas.
Os resultados auxiliam a identificação de doenças de origem primária ou secundária de características agudas ou crônicas. São utilizados também para acompanhar a evolução de uma varie dade de doenças e para monitorar os efeitos colaterais decorrentes do uso de medicamentos.
A avaliação eritrocitária pode identificar processos anêmicos, policitêmicos, alterações de forma e tamanho das hemácias. A avaliação leucocitária pode identificar processos inflamatórios, infecciosos, alérgicos, parasitários e leucêmicos. Pode também indicar a presença de elementos anormais e de atipias linfocitárias. A avaliação plaquetária identifica processos de trombocitopenias adquiridas ou hereditárias e trombocitoses





Serie vermelha

A contagem de hemácias é a primeira informação fornecida e é expressa em milhões por mm3. Os níveis de hemácias iguais ou maiores que 6,20 milhões/mm3 em homens e iguais ou maiores que 5,70 milhões/mm3 em mulheres são considerados poliglobulia.
A concentração de hemoglobina é expressa em g/dL, e sua avaliação é de grande importância pelo papel no transporte de oxigênio e por estar diretamente relacionada à anemia, sendo sua melhor forma de avaliação laboratorial.
O volume relativo das hemácias dentro do volume de sangue é fornecido pela análise do hematócrito, que é expresso percentualmente.
A relação entre esses diferentes parâmetros pode ser obtida pela análise dos índices hematimétricos que irão fornecer informações adicionais sobre variações de volume e concentração da hemoglobina. Os achados morfológicos do esfregaço corado fornecem mais informações sobre conteúdo da hemoglobina, forma, tamanho e inclusões eritrocitárias
Série branca
A contagem global e diferencial de leucócitos e suas alterações quantitativas e qualitativas são as principais informações fornecidas na análise da série branca. Os leucócitos totais são expressos em mil/mm3. A contagem diferencial é de grande importância, podendo definir perfis patológicos, e é fornecida pela análise conjunta dos equipamentos automatizados e pela leitura do esfregaço corado, que avalia as diferentes formas leucocitárias e as expressa de forma percentualmente (relativa) e em mm3 (absoluta). A análise das alterações morfológicas dos leucócitos também é realizada por observação microscópica do esfregaço corado. Os leucócitos podem ser divididos em granulócitos (mielócito, metamielócito, bastão, neutrófilos, eosinófilos e basófilos), monócitos e linfócitos.
Plaquetas

A avaliação das plaquetas pode ser feita de forma quantitativa, expressa em mm3, e de modo qualitativo, pela avaliação das características analisadas no esfregaço corado, o que permite a identificação de alterações morfológicas das plaquetas.
A utilização de equipamentos automatizados, além de fornecer contagens mais precisas, permite que se obtenham informações em relação à presença de anisocitose e grumos plaquetários, e também de índices plaquetários, que em sua maioria ainda não estão liberados para uso clínico. Entre eles, os que começam a ser utilizados são o MPV (Mean Platelet Volume), considerado um índice de anisocitose plaquetária, e o PDW (Platelet Distribution Width). Entretanto, ainda faltam maiores dados de correlação clínica.
As alterações quantitativas podem ser tanto o aumento da quantidade de plaquetas, chamada hiperplaquetemia, quanto a diminuição, denominada plaquetopenia.




Tipagem sanguínea


O sangue é um líquido composto por trilhões de células, divididas em hemácias (glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas. Todas ficam suspensas no plasma. A função dessas células, constantemente produzidas pela medula óssea (tipo de tecido que fica nos ossos) e que circulam por veias e artérias, é nutrir tecidos e órgãos com vitaminas, anticorpos e hormônios, essenciais ao funcionamento do corpo. São quatro os tipos de sangue, A, B, O e AB, classificado segundo a presença ou ausência de antígenos (Ag) na superfície das hemácias ou de anticorpos (Ac) no plasma.
As pessoas que tem sangue do grupo A apresentam anticorpos chamados de "Anti B", ou seja, são incompatíveis com o sangue do grupo B e vice e versa. Já as do grupo O como não têm na membrana da sua hemácia essas características de A e de B, possuindo, no entanto, ambos anticorpos. Por último, as pessoas do grupo AB têm características tanto de A quanto de B e não possuem anticorpos. "Elas não sabem para que time de futebol torcem", diverte-se Dr. Bailon. Essa é a primeira seleção no sangue em função do grupo sangüíneo ABO.
Além do tipo de sangue A, B, AB ou O, há também na superfície da célula um outro marcador: proteína D, a do fator RH, presente em mais ou menos 75% das pessoas. Esse fator, quando presente, determina que o sangue é do tipo positivo, e quando está ausente, que trata-se de sangue do tipo negativo. Esse item é importante, por que uma pessoa com RH ausente, ou seja, negativo, só gera anticorpos quando for exposta, em sua vida, a uma transfusão de sangue do tipo positivo, ou nos casos das mulheres com RH negativo que contém no ventre um feto com RH positivo. A Medicina já possui, atualmente, procedimentos e técnicas para atender com sucesso casos como esse.


Tipos Raros

Existem muitos outros grupos, ou seja, com outras substâncias marcando as superfícies das células que também são importantes. Usualmente, as pessoas mesmo com grupos diferentes não estão sensibilizadas, assim como é no caso do RH, que é o fator mais comum. Os outros grupos são importantes, mas não são pesquisados rotineiramente, nem identificados, detalhados, armazenados e congelados para um atendimento rápido

Ação dos anticorpos

Quando qualquer indivíduo estranho à coletividade invadir um espaço, os indivíduos responsáveis pela segurança atacam imediatamente o invasor, que foge ou morre (podemos verificar este fato quando uma vespa invade uma colmeia. Na segunda hipótese, quando o invasor é grande demais para ser atirado fora da colmeia, as abelhas o envolvem numa camada de cera - própolis -, evitando assim que sua putrefação cause danos ao enxame.
Compare-se o animal invasor com as hemácias existentes no sangue doado, e as abelhas guerreiras com os anticorpos existentes no plasma sangüíneo do receptor. Se as hemácias não forem "reconhecidas como aliadas", serão destruídas pelos anticorpos.
Logicamente, a comparação entre o que ocorre na colmeia e o que ocorre no sangue é bastante livre inclusive porque as abelhas são seres animados, que agem realmente em defesa da coletividade, levados por seus instintos, ao passo que os anticorpos do sangue não passam de um conjunto químico, acionado por leis naturais.
As hemácias recebidas do doador contêm, em sua superfície, certas características químicas, que são, em última análise, as características A, B, ou AB. Ou não possuem nenhuma delas. Quando as hemácias contêm uma dessas características e o sangue é injetado em paciente de sangue incompatível, os anticorpos que já existem no plasma do receptor agem como se fossem "elementos de ligação", grudando as hemácias entre si. Ao final, as hemácias já não se encontram soltas no plasma sangüíneo, mas formam como que um aglomerado, unido pelos anticorpos.
Esse é o processo de aglutinação. A aglutinação do sangue, no caso de ser transfundido o material de um doador incompatível, ocorre quase instantaneamente. As" conseqüências da mistura dos sangues incompatíveis vão desde um estado de choque ou uma icterícia w-- quando a pele e a conjuntiva dos olhos adquirem uma coloração amarela - até a paralisação completa dos rins.







Esfregaço
O exame do sangue distendido ou esfregaço sangüíneo deve ser feito de preferencial logo após a coleta e se possível sem ação de coagulante. O esfregaço satisfatório deve ser fino e regular, de margens livres para ser ter boa distribuição das células, dessa forma apresentará cabeça, corpo e cauda.

Lamina de esfregaço do sangue
1. Hemácias ou eritrócitos (de 4,5 a 5,5 milhões/ml de sangue)
Apresentam uma forma de disco bicôncavo circular, não possuindo núcleo nos mamíferos. Nas aves, anfíbios, répteis e peixes possuem núcleo e a forma da célula é diferente. As hemácias coradas e vistas de cima tem a sua parte central mais clara, isto decorre do fato da célula ser mais delgada nesta área, em virtude da forma de disco bicôncavo que apresenta.
2. Leucócitos (de 5 a 10 mil/ml de sangue)
Podem ser classificados em granulócitos, com grânulos específicos no citoplasma, e agranulócitos, sem granulações específicas citoplasmáticas.
2.1. Granulócitos
a) Neutrófilos (de 55 a 65%): o núcleo de um neutrófilo apresenta até 5 lóbulos, unidos por finas pontas de cromatina. Quando a célula é muito jovem, o núcleo não é segmentado em lóbulos, possuindo a forma de bastonetes curvo. Neste caso, o neutrófilo é chamado de bastonete. O citoplasma apresenta granulações bastante finas, que em geral apresentam cor salmão ou bege.
b) Eosinófilos (de 2 a 3%): seu núcleo apresenta, geralmente, dois lóbulos, mas pode apresentar mais. No citoplasma, notam-se grandes granulações de cor vermelha ou alaranjada.
c) Basófilos (de zero a 1%): são os mais difíceis de serem encontrados, devido à sua pequena porcentagem no sangue de indivíduos normais. O núcleo é irregular, em forma de “S” e totalmente mascarado pelas granulações citoplasmáticas grandes e irregulares, coradas em azul escuro ou roxo.
2.2. Agranulócitos
a) Linfócitos (de 25 a 35%): são os menores leucócitos, sendo que seu núcleo ocupa quase toda a célula, ficando uma pequena porção de citoplasma, de cor azul claro, à sua volta, que geralmente não é visível. O núcleo apresenta cromatina bem condensada, portanto bem escura, e não é segmentado, sendo esférico, de modo geral.
b) Monócitos (de 4 a 8%): são as maiores células sangüíneas. Apresentam um núcleo riniforme ou oval, e, em alguns casos, em forma de ferradura. A cromatina dispõe-se numa rede de granulações e flocos, de textura mais delicada que a do núcleo dos linfócitos, dando a impressão de o núcleo estar “apagado” ou mais claro do que o núcleo dos linfócitos. Seu citoplasma é azul claro e, ao contrário dos linfócitos, é abundante.


3.Plaquetas (de 150 a 300 mil/ml)
As plaquetas são fragmentos do citoplasma de grandes células de medula óssea denominadas megacariócitos. São corpúsculos anucleados esféricos, ovais ou alongados. Nos esfregaços corados tendem a aparecer em grupos.

Coloração do Esfregaço
Existem muitos corantes usados para diferenciar os vários componentes celulares, permitindo reconhecer ao microscópio os diversos tipos morfológicos das células de hemopoiese
. Coloração - tem a finalidade de dar contraste aos componentes dos tecidos, tornando-os visíveis e destacados uns dos outros
Os corantes são compostos químicos com determinados radicais ácidos ou básicos que possuem cor, e apresentam afinidade de combinação com estruturas básicas ou ácidas dos tecidos. Rotineiramente, usa-se hematoxilina, corante básico, que se liga aos radicais ácidos dos tecidos, e eosina, corante ácido que tem afinidade por radicais básicos dos tecidos. Os componentes que se combinam com corantes ácidos são chamados acidófilos e os componentes que se combinam com corantes básicos são chamados basófilos. Por exemplo, os núcleos das células, onde predominam substâncias ácidas (DNA), são basófilos, ou seja, coram-se pela hematoxilina (corante básico de cor roxa); por sua vez, o citoplasma, onde predominam substâncias básicas (proteínas estruturais), é acidófilo, corando-se pela eosina (corante ácido de cor rosa).








2-OBJETIVOS

A aula de hematologia teve como objetivo análise do sangue através de lâminas, métodos de coloração e também os processos usados para saber o tipo sangüíneo do paciente.







3-MATERIAIS UTILIZADOS

Procedimento 1:
• Sangue
• Lâmina
• Lâmina extensora
• Papel higiênico
• Corante leishman
• Água
• Pipeta de 10 uL
• Descarte

Procedimento 2:
• Sangue
• Ponteira azul
• Pipeta de 500 uL
• Tudo de ensaio
• Solução fisiológica
• Anti A, B, AB, RH
• Centrífuga







4-PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Procedimento 1:
Pipetou-se o sangue com uma pipeta de 10 uL e colocou-se na ponta da lâmina. Em seguida com a lâmina extensora arrastou-se o sangue um pouco para trás preenchendo toda a borda e fez-se o esfregaço.
Identificou-se a lâmina e colocou-se o nome do paciente. Depois que secou-se o sangue, colocou-se o corante Leischman cobrindo toda a lâmina e esperou-se 4 minutos. Passado os 4 minutos, colocou-se água destilada na lâmina em cima do corante e esperou-se 6 minutos. Passado os 6 minutos enxaguou-se a lâmina segurando ela em pé de baixo da torneira em jato moderado de água e enxugou-se atrás da lâmina com pedaço de papel higiênico.

Procedimento 2:
Identificou-se os tubos de ensaio e os numerou na seguinte ordem: A, B, AB, RH.
Preparou-se a suspensão de hemácias, onde utilizou-se pipetas de 500 uL para solução fisiológica e 50 uL de sangue total em tubo de ensaio e homogenizou-se.
Pingou-se 2 gotas Anti A, B, AB e RH em seus respectivos tubos e adicionou-se em cada tudo 50 uL da suspensão de hemácias, onde trocou-se as ponteiras. Homogenizou-se os tubos e centrifugou-se por 1’ a 2700 rpm.










5-CONCLUSÃO

No setor de hematologia trabalha-se com sangue total e neles são feitos exames como hemograma, VHS, e tipagem sangüínea.
O sangue colhido tem o objetivo de estudar as freqüentes alterações dos seus componentes quando o organismo é acometido por doenças.
Muitos são os meios para a obtenção do sangue usado para o exame hematológico, como por exemplo, sangue o venoso, capilar, arterial, punção da medula óssea de ossos como o externo, tíbia, ilíaco e apófises espinhosas, dos gânglios, baço e tumores, porém o sangue usado na maioria das vezes é o venoso e o capilar.